quinta-feira, 3 de março de 2011

Entrevista com Nick Jonas: A estrela pop cresce


Diagnosticado com diabetes tipo 1 em 2005, aos 13 anos, forçou Nick Jonas a crescer imediatamente. Mas, recentemente, o membro mais jovem de voz serena, príncipe do pop, da banda Jonas Brothers, teve que caminhar pelo seus próprios pés mais do que nunca.
Para começar, o fenômeno cantor e compositor de 18 anos começou 2010 estreiando sua carreira solo com sua banda, Nick Jonas & the Administration; a banda lançou seu primeiro álbum, Who I Am, e Nick se tornou o homem de frente e saiu em sua primeira turnê sem os irmãos. Jonas também retornou para suas raízes na Broadway no verão passado, estrelando em Londres a produção de Les Mis e protagonizando no 25º Aniversário do espetáculo, antes de cair na estrada com os Jonas Brothers, a rainha adolescente Demi Lovato, e o elenco de seu filme de TV, Camp Rock 2.
Além disso, enquanto Nick vive em casa com seus pais, ele tomou frente no controle de sua diabetes e servindo de modelo e apoio para os outros jovens com a doença. E isso tudo ao mesmo tempo, enquanto tem que lidar com os altos e baixos da vida como um adolescente (famoso), incluindo sua vida amorosa nos tablóides.
Pouco antes do Ano Novo, Jonas voltou para Los Angeles para descansar da vida em turnê e voltar para dentro do estúdio, onde ele está trabalhando em um novo projeto de música secreto. Maturo, humilde e sempre pronto, ele fez uma pausa para conversar com o Diabetes Forecast. Ele falou sobre como ele tem crescido ultimamente, e como isso influencia em sua carreira, sua saúde, seu trabalho de defesa, mas também sobre o porquê ele sempre será um Jonas Brothers, não importa o que aconteça com ele.
Faz 5 anos desde que você descobriu que tinha diabetes tipo 1. Quais foram as mudanças que ocorreram, dos 13 para os 18 anos?
Com o tempo, naturalmente, você aprende como lidar melhor com a diabetes. Eu tenho isso há 5 anos, e você aprende como lidar… Agora, eu me sinto muito confiante sobre isso, porque estou mais saudável desde que fui diagnosticado. Foi uma verdadeira benção que ao longo dos anos minha A1C (hemoglobina glicada) tem baixado cada vez mais (de 12,1%, no diagnóstico). No meu último exame, foi o mais baixo que já tive.
Dito isso, como estou me tornando um homem e meu corpo mudando, eu definitivamente notei mudanças em minha diabetes. E continua mudando, não é como estar em um bom lugar e continuar lá. Todo dia eu tenho que ver, para ter certeza de que estou fazendo o melhor para controlá-la. Há momentos, porém, que eu me vejo dizendo, “Eu não quero lidar com isso, eu só quero tomar esse Gatorade ou comer esse pedaço de pizza e não ter que me preocupar”, mas, eu tenho que parar por um tempo e verificar minha diabetes.
Como eu disse, estou na mais perfeita saúde, e isso me ajuda a ser ativo como eu sou. Sempre fui muito atlético e ativo, mas hoje, isso realmente funciona para eu ter certeza que toda parte do meu objetivo para manter minha diabetes controlada está aqui – de coisas que eu como, quanto tempo eu gasto na academia ou sentado em um cadeira no estúdio. As coisas mais pequenas, como sentar na cadeira do estúdio todos os dias, fará com que meu nível de açúcar suba, então tenho que me manter ativo de alguma forma. Então, eu vou para a sala, toco bateria por um tempo, volto e está tudo bem.
Os seus sentimentos sobre a diabetes mudou também?
Uma das maiores mudanças acho que foi que a mentalidade de um homem veio quando fui diagnosticado, aos 13 anos, percebendo que isso era algo que eu tinha que assumir, sozinho e agarrar. Obviamente, tive a ajuda dos meus pais e médicos, mas sou uma pessoa independente, e realmente confio em mim em situações como essa. Fui independente por um tempo, e ainda sou assim, mas, quando se trata do meu diabetes, nos últimos 4 a 5 meses, tenho tido muito mais responsabilidade. Estou levando isso comigo, confiar em meus amigos e família quando precisa, mas sabendo que isso é algo que tenho, algo que tenho que lidar.
É praticamente, com meus pais e minha família, sabendo que eles estarão lá quando precisar, mas também que eles confiam em mim o suficiente para deixar eu me cuidar sozinho, o que é importante para mim. Diria que tem sido uma mudança natural, não é algo premeditado, apenas algo que aconteceu, de certa forma. E acho isso uma transição saudável.
Diabetes não é algo que eu pedi para ter, mas algo que eu tenho que lidar. De diversas maneiras. E sou grato por isso. Isso me ajudou como pessoa, para crescer e me abençoou de diversas maneiras… Por exemplo, me fez forte mentalmente, no sentido em que agora penso sobre tudo com a lógica por causa do diabetes, porque isso requer que você pense com lógica e a pensar em tudo completamente. Acho que viver dessa maneira é melhor do que viver de uma forma mais perigosa, onde você não está pensando nas coisas. Além disso, nunca fui tão bom em matématica, até eu ter diabetes, e agora eu tenho que ser muito bom em matemática, por isso me ajudou também. [risos]
Como é um dia ou semana típica para você, se há algo assim?
É muito difícil de dizer. Dedende do dia, da semana, do ano. Este último ano tem sido mais um ciclo de turnê mais leve, estivemos na estrada por cerca de 7 meses. É engraçado que foi leve, mas no ano anterior estivemos em turnê por mais ou menos cerca de 9 meses e meio, que foi muito. Então, tudo isso depende. Mas, todos os dias eu acordo, fico pronto, me troco, escovo meus dentes talvez, e vou indo.
Agora mesmo, não estou na estrada. Nós (os Jonas Brothers) terminamos a turnê na América do Sul algumas semanas atrás, que foi uma ótima turnê. Estou de volta em L.A. Joe está aqui, também, gravando. Kevin está em New Jersey com seus sogros e sua esposa. Estou gravando no momento, é um coisa meio secreta que estou fazendo, estou no estúdio a mais ou menos 14 ou 15 dias, todos os dias. Não posso dizer o que é exatamente, mas, provavelmente se revelará lentamente; não é somente um projeto, é algo que envolve coisas diferentes, mas é algo divertido.
Você está envolvido em muitos aspectos diferentes na indústria do entretenimento—cantando, atuando, compondo: Como você vê seu futuro nesses trabalhos?
O próximo passo para mim, pessoalmente, é escrever e produzir muito para outros artistas, que vai se tornar uma parte importante da minha carreira. Junto com isso, talvez, fazer mais teatro viajando pela estrada. Eu tive a oportunidade de fazer Les Mis neste verão e fazer parte do 25ª Aniversário do Espetáculo, o que foi incrível, então, se a outra parte concordar e eu sentir que posso fazer isso, eu adoraria voltar aos palcos.
Além disso, os Jonas Brothers vão continuar desenvolvendo novas músicas, provavelmente no próximo ano, e uma observação, mas, Joe precisa de um tempo para seu projeto solo, a música é ótima e estou empolgado para que o mundo posso ouvir, então, temos que ser pacientes. Mas, os Jonas Brothers continuam juntos, definitivamente. No momento, estamos apenas fazendo coisas diferentes, como indivíduos, mas sempre estaremos juntos.
E sobre a faculdade?
A ideia de ir para a faculdade é interessante para mim. Entretanto, realmente fazê-la, eu não sei se é algo que estou disponível. Há muitas oportunidades de carreira para mim no momento, e o que eu estudaria é exatamente o que estou fazendo, buscando minha paixão, então, não sei se faria muito sentido começar uma graduação. Embora, eu também pensei em me formar em Inglês, que seria outra coisa que gostaria de fazer, mas, vamos ver. Não estou fechando a porta completamente, apenas não sei se é o certo agora, neste momento, mas, posso dizer que é algo que quero fazer. Eu visitei algumas faculdades diferentes, como Northwestern, que foi uma experiência interessante. Foi basicamente um acampamento de verão como várias pessoas do ensino médio, e, meio que, acabou que nós tivemos que encontrar rapidamente uma saída, mas foi bom apenas para ir e ver a escola, o que é o intuito, embora eu não cheguei a ver tudo.
Você está envolvido na defesa da diabetes, junto com sua própria organização sem fins lucrativos, o Change For The Children Foudantion, o American Diabetes Association e seu trabalho com a Bayer Health Care, como também o Nick’s Simple Wins, um programa que encoraja as pessoas jovens com diabetes em pensar em pequenas vitórias cotidianas. O que você espera alcançar, no geral?
É sobre ser alguém que as pessoas com diabetes possam olhar e dizer que ficarão bem vivendo suas vidas a cada dia e seguindo seus sonhos com a diabetes, esse é o significado da coisa. Junto com isso, fazer o que pudermos para ajudar financeiramente também. Isso é dado para os hospitais e organizações que fazem ótimas coisas no campo da diabetes. E o que gostaria de ver, é a cura o objetivo final, no final do dia, para ser honesto. Se em minha vida eu puder ver isso acontecer, seria maravilhoso. Mas, no momento, é sobre coisas pequenas, ajudando as pessoas com diabetes e, as organzações estão fazendo ótimas coisas para ajudar essas pessoas também.
Dado o seu status de principal garoto propaganda da diabetes, tenho certeza de que você aprendeu muito sobre como as pessoas a condição. Qual é o maior equívoco?
Eu acho que o grande erro que as pessoas têm sobre diabetes é que nem todas são tipo 2. Obviamente, tipos 1 e 2, são muito diferentes, e isso pode ser frustrante, e estivo conversando com outras pessoas com diabetes tipo 1 antes. Com o tipo 1, você pode comer o que quiser contanto que você tome a insulina que precisa para isso, enquanto você fica de olho e saiba o que você está comendo e os exercícios que está fazendo, e controla a situação. As pessoas são um pouco ignorantes sobre esse assunto. Não que alguém tenha sido rude sobre isso, mas têm pessoas que tentaram ser meu médico, e isso é meio frustrante porque eu certamente sei mais sobre a minha diabetes do que eles.
Mas, ser um porta-voz, foi uma benção de muitas maneiras. Mesmo que alguma pessoa que eu encontre não tenha diabetes, somente o fato deu ter falado sobre algo que me faz diferente e me faz vulnerável, eu acho que toca as pessoas de uma maneira que nunca imaginei. Mesmo que não seja diabetes que elas tenham, pode ser algo em sua vida pessoal, outra doença, eu acho que isso ajuda para saber que há alguém lá fora que luta pelas coisas, e continua perseguindo seus sonhos e objetivos. Eu quero que as pessoas saibam que isso é algo que me aconteceu exatamente como as coisas aconteceram com meus irmãos e, eu, poderia facillmente chegar no ponto que nós falaríamos, “Nós acabamos de ser rejeitados pela gravadora, fui diagnosticado com diabetes, vamos parar.” Mas, não fizemos isso e sou muito grato que não fizemos, porque temos muito coisas que agradecer por esses dias.
Eu seria negligente se eu não perguntasse, mas em nome de todos os nosso leitores adolescentes, você está namorando com alguém estes dias? E sua diabetes já foi um problema, quando se trata de relacionamentos amorosos?
Vou responder a segunda pergunta primeiro: Minha diabetes, algumas vezes, fez meus relacionamentos, especialmente os amorosos, difíceis, porque é complicado para o outro entender. Eu penso se uma namorada não tem um pensamento claro dos sentimentos altos e baixos, se eu não expliquei o suficiente, isso pode ser muito confuso sobre o que eu estou sentindo em um determinado momento. Eu tive o grande prazer de conhecer e sair com ótimas pessoas que entenderam, e que eram muito sensíveis mas, tiveram algumas que não entenderam muito bem, então, esses relacionamentos não duram por muito tempo.
Voltando para a primeira pergunta: Eu encontro um tempo para namorar e acho isso muito importante, sou um garoto de 18 anos, onde namorar é algo que se faz, mas tento deixar os assuntos da minha vida amorosa para mim.
Tendo compartilhado suas histórias pessoais com os fãs, tem alguma celebridade com diabetes que você gostaria de conhecer e compartilhas histórias de batalha?
Tem uma pessoa que eu amaria conhecer: um dos batetores do Toronto Blue Jays (Brandon Morrow) é diabético, e acho que seria interessante conhecê-lo. Sou um grande fã de baseball, eu amo jogar e assistir aos jogos, então, espero encontrá-lo, jogar uma partida e falar sobre a vida com diabetes. Seria divertido.
Você escreveu o famoso hit dos Jonas Brothers, “A Little Bit Longer”, onde há o refrão “A Little Bit Longer, and I’ll be fine” (Um pouquinho mais e eu ficarei bem), sobre sua luta com o diabetes. Você escreveu mais músicas que falam sobre sua luta com sua saúde?
Não tenho escrito músicas sobre diabetes, mas tenho escrito músicas sobre lutas pessoais, coisas que você precisa para pensar, e acho que diabetes pode se adequar nessas músicas. “A Litte Bit Longer” é a mais pessoal, a coisa mais direta que escrevi sobre diabetes, e que ocupa um lugar especial para mim. A outra parte disso é que agora ocupa um lugar especial para as outras pessoas que ouvem a música, mas da sua própria maneira. Para mim, é sobre diabetes, mas para alguém, pode ser sobre qualquer outra luta que está acontecendo em sua própria vida.
Voltando no tempo de onde eu estava quando escrevi a letra, foi em um quarto pequeno de um hotel em Toronto, e se partiu do conceito que se eu esperasse um pouquinho mais, eu ficaria bem, que enquanto a esperança estiver viva, tudo vai dar certo.
Se um dia acontecer realmente quando você estiver bem, quando tiver uma cura para a diabetes, como você acha que reagiria?
Eu falei sobre isso com meus amigos e família: se a cura estivesse disponível, o que eu faria, se é algo que eu pensei que eu iria querer fazer. Eu acho que é; eu gostaria de ser curado. No entanto, eu não sei o que eu faria. Eu olho para trás e tento imaginar como seria minha vida se não tivesse diabetes, e eu não sei, eu sinto que ainda continuaria com essa mentalidade, continuaria contando carboidratos e lidando com quanto de insulina teria que tomar. É algo que eu lido todos os segundos de cada dia, é tão parte de mim, que se fosse embora, não saberia como seria, não tenho certeza de como agiria.
Talvez, isso passasse, mas tenho certeza que terei diabetes por um tempo ainda, porque acho que ainda estamos a longos caminhos da cura, infelizmente. Então, por equanto, eu tento ir a cada dia com a mentalidade de que isso é algo que não me deixa para trás, é algo com que eu posso viver e ficarei bem, e só isso me ajuda a seguir em frente.
Diabetes Forecast
Feito por: Carolyn Butler
Tradução e Adaptação: JonasBrasil.com

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